Toda a produção de produtos de tabaco é bem cuidadosa, e a indústria investe esforços para desenvolver novas tecnologias e inovações com base em pesquisas científicas.
Essas inovações têm diversos objetivos, entre eles:
Bem, eles eram apresentados como tendo menores teores de nicotina, monóxido de carbono e alcatrão, o que, aparentemente, reduziria os riscos à saúde provocados pelo tabagismo. De fato, nas análises de laboratório, esses cigarros realmente apresentaram menores concentrações dessas substâncias por possuírem micro perfurações no filtro, que deixavam passar mais ar e diluía a fumaça. Entretanto, o fumante, ao segurar o filtro, tampa parte dessas micro perfurações e aumenta a concentração das substâncias na fumaça; além disso, mesmo com concentrações menores, não há níveis seguros para o consumo do tabaco, sendo maléfico em todas as formas.
Assim, cigarros light não são mais seguros que os convencionais, inclusive, em alguns casos, notou-se que o fumante passou a consumir maior quantidade de produto. Portanto, sua exposição a alguns componentes passou a ser maior. As linhas lights foram criadas como estratégia de marketing, com a única intenção de dar a falsa impressão de serem produtos menos malefícos à saúde dos fumantes, fazendo com que muitos continuassem a fumar e, assim, manter as vendas dos produtos.
Por esse motivo, a Anvisa proibiu, em 2001, a utilização de descritores como light, suave, mild, baixos teores, ou qualquer outro que pudesse ser associado à ideia de redução nas emissões dos cigarros. Em 2012, a proibição dos descritores se estendeu aos demais produtos derivados do tabaco. O Brasil foi o primeiro pais do mundo a banir a utilização desses termos.
O cigarro, de maneira aparente, parece tratar-se de um produto tecnologicamente simplório, em que folhas secas são enroladas em um papel. Entretanto, esse pode ser considerado um dispositivo de alta tecnologia, cuja engenharia é fruto de décadas de pesquisa e desenvolvimento.
Entre os objetivos desses avanços tecnológicos, podemos citar Jefrey Wigand, que afirma:
Um cigarro é um equipamento cientificamente desenhado para liberação de drogas, intencionalmente construído para entregar nicotina no cérebro em segundos.” (WIGAND, 2003, tradução nossa.)
Os demais produtos derivados de tabaco também requerem tratamentos e pesquisas para aprimorarem seu poder de retenção de usuários, ao mesmo tempo que otimizam recursos de produção das indústrias.
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