Comunidade de Práticas Controle do Tabaco
O tabaco é cultivado por pequenos agricultores, que firmam contrato com as empresas fumageiras, por intermédio do Sistema Integrado de Produção do Tabaco. Por meio desse contrato, as empresas se comprometem a prestar a assistência técnica necessária ao cultivo do tabaco, incluindo o fornecimento de sementes, agroquímicos e mesmo financiando a construção ou reforma de estufas para a secagem das folhas de fumo.
A produção de tabaco causa danos ao meio ambiente devido às grandes quantidades de agrotóxicos que são utilizadas, que poluem o solo, a água e o ar.
Há, ainda, o desmatamento provocado pelo emprego da lenha nas estufas durante o processo de secagem das folhas de tabaco.
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No Brasil, o Sistema Integrado de Produção do Tabaco, principal responsável pela popularização do cigarro no país, foi criado em 1918, na Região Sul, onde se encontra, atualmente, a “capital do fumo” brasileira, a cidade de Santa Cruz do Sul e sua microrregião.
O Sistema Integrado de Produção "consiste no estabelecimento de vínculos entre as empresas e o universo de produtores de fumo em folha, que se baseiam na exclusividade do fornecimento e adoção de padrões de produção estabelecidos pelas empresas. Por um lado, as empresas repassam os insumos certificados e autorizados ao cultivo do fumo, prestam assistência técnica quanto aos métodos de plantio através de agrônomos e técnicos agrícolas, operam com a intermediação de financiamentos aos agricultores, são responsáveis pelo transporte do produto da propriedade até as usinas de beneficiamento e garantem a compra integral da produção" (AFUBRA, 1996 apud VARGAS et al. 1998).
"Por outro lado, os produtores se comprometem com os padrões de volume, qualidade e custo exigidos pelas empresas, ao mesmo tempo que garantem a exclusividade no fornecimento. Ao estabelecer e manter esse tipo de vínculo, as empresas passam a obter as variedades de fumo que estão sendo demandadas no mercado internacional, dentro de padrões de qualidade e custos que também permanecem sob a esfera de controle das empresas" (VARGAS et al., 1998, p.16 apud ALMEIDA, 2008, p.38-39).
